domingo, 12 de outubro de 2014

Jackson Pollock

Jackson Pollock nasceu em Cody, Wyoming, nos Estados Unidos, a 28 de Janeiro de 1912.


As suas obras têm o poder de tocar o nosso carácter e personalidade.

Não é possível entrar numa sala e não reparar que um Pollock está na parede.


Pintava grandes telas porque não gostava da prisão de um pequeno rectângulo que é uma tela mais pequena.

Gostava que o seu olhar não conseguisse ver os limites da tela quando estava perto dela.

Essas grandes telas eram sempre estendidas no chão e ele movia-se inclinado à volta enquanto as pintava. Não havia cá caveletes!


A técnica de pintar com um pau foi aperfeiçoada durantes anos. Geralmente não usava pinceis. Tinha um grande controlo nessa mesma técnica do pintar com um pau... Esta técnica chama-se Dripping.

Sempre me perguntei: qualquer um pode atirar bocados de tinta com um pau para cima de uma tela e estará a fazer arte?

Pollock atirava a tinta com o pau de madeira e este nem tocava na tela. A tinta caia e seguia o seu percurso.

A verdade é que qualquer um pode tocar um Dó num piano e estará a tocá-la da mesma maneira que Mozart.

Mas é a sequência das notas que faz a diferença. E as sequências da pintura de Pollock são um dos segredos do sucesso dos seus trabalhos. A sua sensibilidade. A maneira como via o mundo. O seu toque pessoal. O toque de Pollock.


Foi um alcoólico activo. Na verdade, houve uma altura em 1948, com 36 anos, que decidiu fazer um período de abstinência que durou 3 anos. Produziu algumas das suas maiores obras neste período.

Mas de resto era um artista depressivo, alcoólico e fumava muito. Gostava de festas e era boémio.

Criticava muito o seu trabalho e era extremamente exigente. Tinha dúvidas sobre a qualidade do seu trabalho... um dos maiores dilemas da condição do artista!

Quando não sentia inspiração não pintava durante largos períodos de tempo. Segundo afirmou, "nunca fiz um falso Pollock". Era um artista muito consumido pelo seu lado emocional. Sempre se procurou a si próprio e como transmiti-lo através da arte.

 

O movimento artístico a que pertencia ficou conhecido como o Expressionismo Abstracto. Um grupo de artistas de Nova Iorque dos anos 30, 40 e 50,  influenciado pela Grande Depressão de 29, a Segunda Guerra Mundial e a bomba atómica!

Um grupo de artistas, que tal como Pollock, sofriam de sintomas de alcoolismo e depressão. Mas que também viviam em modo festivo, na boémia e em grande estilo, rodeados de mulheres bonitas e carros.

No dia 11 de Agosto de 1956, com 44 anos, ia a guiar o seu carro a caminho de uma festa. Estava bêbado e ansioso, segundo afirmou a sua mulher, Lee Krasner, que também seguia no carro.. Parou várias vezes durante o caminho e chorava. Às tantas decidiu não ir à festa e voltou para trás. Nesse momento, a guiar como um louco a alta velocidade, o carro despistou-se. Faleceu no local. Ainda hoje há uma pedra no local do acidente com o seu nome.

A sua morte criou um mito tipo James Dean à sua volta. O artista despreocupado que vivia sem medo de morrer e que se foi antes do seu tempo.

Depois de uma vida privações e por vezes de pobreza, as suas obras passaram a valer milhões de dólares!


Era o irmão mais novo de 5 rapazes. Não teve filhos.

Nunca saiu dos Estados Unidos.

Não viveu para ver a sua obra reconhecida.



Obrigado Jackson!
 

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