segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Inês Oom de Sacadura


Inês Oom de Sacadura nasceu em Lisboa em 1980.
 
A Inês é advogada e mãe de 2 maravilhosas crianças mas nem por isso deixa de ter espaço para as artes na sua vida, apesar de o tempo não ser abundante!!

Esta nativa do signo Caranguejo gosta muito de arte, particularmente fotografia! Gosta especialmente de fotografar pessoas nos seus habitats naturais quando não sabem que estão a ser fotografadas!
 

Os seus 3 artistas de referência são Annie Leibovitz, Terry Richardson e Henri de Toulouse-Lautrec. Mas se pudesse escolher um artista para jantar seria Mozart!

Para ela a arte é “tudo aquilo que nos leva a ver e a interpretar o mundo de maneira diferente.”

O Artes e Tartes conseguiu uma entrevista exclusiva com a Inês onde ela nos explica as suas visões sobre a arte!

AT - Olá Inês, queres explicar aos nossos leitores em que áreas artísticas tens desenvolvido o teu trabalho? Pintura? Fotografia? Moda? Outras? Conta-nos tudo!

A fotografia é a paixão. Fotografia urbana e de pessoas nos seus "habitats naturais", que não se apercebem que estão a ser fotografadas. Imaginar o que estão a pensar, como serão as suas vidas, para onde irão naquele momento... Gosto de lhes roubar um bocadinho do seu mundo e levá-lo para minha casa. Depois, ainda numa fase muito inicial, o desenho, a pintura, as colagens... 



AT - Lembras-te do momento em que te apercebeste que tinhas uma sensibilidade artística? Foi na escola? Foi em casa?

O momento exacto não me lembro. Sempre fui uma pessoa curiosa e atenta ao que me rodeia, e cedo percebi que as palavras não eram suficientes para me expressar. Acho que isso é meio caminho andado para se ser sensível à "arte".
 


AT - Achas que as pessoas já nascem artistas ou faz tudo parte das influências a que somos expostos?

Acho que tem de haver uma predisposição e um talento natural. Depois, com mais ou menos esforço, maior ou menor interesse, tudo se desenvolve. Mas, na minha opinião, os genes são, sem dúvida, um factor determinante.
 

AT - Tu já és mãe de dois lindos bebés, a mais pura forma de arte e criação que existe! Sentes que tens neste momento tens menos tempo para produzir os teus trabalhos?

Neste momento sinto que tenho menos tempo para produzir, em geral! Arte, bolos, batatas, o que seja... Os meus filhos foram, sem dúvida, a minha melhor criação, mas são, de facto, esponjas de tempo, nesse sentido.
 

AT - Quando eles forem mais crescidos vamos ter uma nova artista a atingir o seu auge de criação?

O auge da criação nunca será atingido, espero! Havérá sempre mais por criar!

AT - Na educação dos teus filhos vais tentar passar-lhes a tua sensibilidade para a arte? Ou achas que a matemática e o inglês são mais importantes?

À Florzinha acho que não tenho que passar nada! É uma artista nata!... Vais ver que daqui a 2 anos, quando ela tiver aprendido o abecedário (espero!), o Artes e Tartes vai andar atrás dela para a entrevistar! O João Maria também tem feito uns trabalhos lindíssimos nas paredes da sala...
 

AT - Com que artista (vivo ou morto) gostarias de jantar e porquê?

Mozart. Adoro uma boa gargalhada.


AT - Por fim, qual é que achas que é a situação do país em termos de cultura? Somos uns atrasados que só ligam a futebol? Achas que Portugal dá condições aos jovens artistas para aprenderem e desenvolverem o seu trabalho?

Acho que existem oportunidades, mas não sérias. Nada que possa projectar as pessoas, por exemplo, além fronteiras. Fazem-se exposições, criam-se eventos, preparam-se formações, mas em termos de resultados, acho que ainda temos um longo caminho a percorrer.


 
Obrigado Inês!

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