terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Ricardo Lemos


Ricardo Ferreira de Lemos, aka Chumbo, nasceu em Lisboa em 1982.

O Chumbo é uma força da natureza. Ele é um verdadeiro empreendedor na organização de eventos e tem um PHD em boa disposição e energia contagiante.
De uma forma geral ele trabalha com eventos, mais especificamente na área da música.

Este nativo do signo Carneiro desenvolve as actividades de DJ, empresário, entertainer e ainda técnico de audiovisuais e produção!
Para ele a arte é “forma de expressão, sem regras, sem definições. É o grito que sai do fundo da nossa alma para o mundo.”

O Ricardo tem muita dificuldade em escolher os seus artistas de referência. Prefere responder que tem “várias referências em vários estilos musicais, uma vez que o meu trabalho me obriga a ouvir de tudo. Mas destaco Stevie Wonder, Queen, Jamiroquai, Richie Hawtin.”
 
Hoje o Artes e Tartes apresenta uma entrevista exclusiva com este artista multifacetado. Foi com muito gosto que aprendemos mais sobre as suas opiniões, inspirações e forma de trabalhar. Are you ready?

AT - Olá Ricardo, queres explicar aos nossos leitores em que áreas artísticas tens desenvolvido o teu trabalho? No fundo, sei que tens uma ligação à música, mas quais são os outros interesses artísticos, ou seja artes que gostes, que já tenhas praticado ou que ainda sonhas vir a praticar?
O meu trabalho está muito ligado à música, entretenimento e animação. Sou um criador de momentos especiais. Interesso-me muito por cinema e também por artes plásticas, fotografia e arte urbana. Sou uma pessoa bastante aberta a novos conceitos artísticos, gosto de estar sempre em cima do acontecimento e sentir-me constantemente estimulado. Isso dá-me vida! Gostaria de vir a interligar música com outra arte, como por exemplo as artes plásticas ou performance. Conheço, em particular, um projecto português, muito interessante, que reúne a música a várias artes - Eka unity.


AT - Recentemente fundaste uma empresa a Plug sound solutions, queres descrever um pouco como começou, o que fazem e onde pretendem chegar?

A Plug sound solutions surgiu de uma forma muito natural e tem vindo a crescer cada vez mais. Já fazia alguns trabalhos ligados à área e quando me apercebi estava completamente envolvido neste projecto. Os nosso serviços assentam no aluguer e montagem de material audiovisual, na actuação de DJs, VJs e músicos e no aconselhamento e produção de eventos.
 
Fazemos muitos eventos empresariais e particulares. Somos verdadeiros animadores de festas. 
Não temos como objectivo ser uma empresa muito grande, mas sim uma empresa que conheça perfeitamente os seus clientes e acima de tudo que faça um trabalho extremamente profissional e personalizado.
O nosso principal objectivo é fazer as pessoas felizes, porque mais do que estar feliz é fazer alguém feliz!

AT - O teu trabalho artístico acaba por estar muito ligado ao lazer e às relações públicas. Achas que este é um mercado em expansão em Portugal ou está a cair? Quais são os grandes segmentos e quais as grandes tendências do entretenimento em Portugal? Festivais? Festas? Eventos Outdoor? Casamentos?
Eu acho que o mercado não está nem a cair nem em expansão. É um mercado que está em adaptação, está a reformular-se. Houve um grande boom de entretenimento (festas, festivais, eventos) na ultima década, onde apareceram novos conceitos, novas tecnologias, novas tendências, mas não houve tempo para absorver tudo, ou melhor, não conseguimos desfrutar com o devido tempo que cada coisa merecia. Acho que neste momento estamos com excelentes cartazes, de todo o tipo de música, desde o rock à música electrónica. Nunca vieram a Portugal tantos músicos tão bons e em tão pouco espaço de tempo. Temos muitos e bons festivais durante todo o ano. Os nossos eventos são referência no mundo inteiro. 


Acho que a grande tendência a que vamos assistir nos próximos anos é a cada vez maior integração das várias áreas, de som, luz e vídeo (como por exemplo já se observa com o video mapping). Começamos a assistir a concertos via internet, a projectos musicais em directo e feitos em simultâneo vindos dos quatro cantos do mundo. A tecnologia impera.
Ao mesmo tempo e, curiosamente, assistimos também a um forte revivalismo em todo o mundo da música, quer nos videclips, nas bandas que surgem, nas produções musicais, na forma de tocar os instrumentos, nas máquinas utilizadas, etc. O próprio DJing está a voltar ao vinil.

Creio que há uma tentativa de equilibrar as influências do passado com o futuro tecnológico da música. 
AT - Lembras-te do momento em que te apercebeste que tinhas uma sensibilidade artística para a música? Foi na escola? Foi em casa? Grupo de amigos? 

Desde criança que me lembro de vibrar dias inteiros ao som de várias músicas. Lembro-me em particular de um dos primeiros concertos da minha vida, Techotronic em 1991, em que fiquei fascinado com toda a envolvência do concerto. Aí acho que fiquei logo com o bichinho do mundo da música.

Mais tarde, numa das primeiras festas a que fui com um DJ a actuar, percebi que as pessoas estavam "hipnotizadas" pela música, por toda aquela atmosfera… foi aí, nesse momento, que senti que queria fazer parte deste mundo, onde o meu contributo faz com as pessoas se sintam mais alegres e livres.
Adoro o que faço e tento sempre dar o máximo de mim, acho mesmo que essa é a minha maior qualidade. Atiro-me literalmente de cabeça! Das melhores coisas que posso sentir quando estou a trabalhar como DJ, é ficar arrepiado de emoção, olhar para as pessoas e ver uma felicidade enorme, sentir uma super energia e pensar que nasci para isto. Gosto de pensar que sou o maestro da animação de uma festa.

AT - Achas que as pessoas já nascem artistas ou faz tudo parte das influências a que somos expostos?
Há raros casos de pessoas que nascem artistas, como por exemplo Mozart que compôs logo aos cinco anos de idade e desenvolveu todo o seu talento ao longo da vida. Há outras pessoas que nascem apenas com uma predisposição artística, que pode ou não ser desenvolvida e trabalhada. Nestes casos, a vida e os seus ensinamentos é que fazem o artista.  

AT - Por fim, com que artista (vivo ou morto) gostarias de jantar e porquê?
Não é uma escolha nada fácil. Teria muito gosto em jantar com o Mick Jagger e perceber de onde é que ele vai buscar aquela energia toda.

 

O Chumbo enviou uma mensagem adicional para o Artes e Tartes. Obrigado Ricardo, foi uma honra ter-te neste blog!

“E aqui fica mais uma frase minha: A música é de todos e todos fazem parte dela.
Obrigado Queirós!!!   

E com esta me despeço… A arte é como a tarte, ou se come ou se deixa de parte.”

 

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