Ricardo
Ferreira de Lemos, aka Chumbo, nasceu em Lisboa em 1982.
O Chumbo é
uma força da natureza. Ele é um verdadeiro empreendedor na organização de
eventos e tem um PHD em boa disposição e energia contagiante.
De uma forma
geral ele trabalha com eventos, mais especificamente na área da música.
Este nativo
do signo Carneiro desenvolve as actividades de DJ, empresário, entertainer e
ainda técnico de audiovisuais e produção!
Para ele a
arte é “forma de expressão, sem regras,
sem definições. É o grito que sai do fundo da nossa alma para o mundo.”
O Ricardo
tem muita dificuldade em escolher os seus artistas de referência. Prefere
responder que tem “várias referências em
vários estilos musicais, uma vez que o meu trabalho me obriga a ouvir de tudo.
Mas destaco Stevie Wonder, Queen, Jamiroquai, Richie Hawtin.”
AT - Olá Ricardo, queres explicar aos nossos leitores
em que áreas artísticas tens desenvolvido o teu trabalho? No
fundo, sei que tens uma ligação à música, mas quais são os outros interesses
artísticos, ou seja artes que gostes, que já tenhas praticado ou que ainda
sonhas vir a praticar?
O meu
trabalho está muito ligado à música, entretenimento e animação. Sou
um criador de momentos especiais. Interesso-me muito por cinema e também
por artes plásticas, fotografia e arte urbana. Sou uma pessoa bastante aberta a
novos conceitos artísticos, gosto de estar sempre em cima do acontecimento e
sentir-me constantemente estimulado. Isso dá-me vida! Gostaria de vir a
interligar música com outra arte, como por exemplo as artes plásticas ou
performance. Conheço, em particular, um projecto português, muito interessante,
que reúne a música a várias artes - Eka unity.AT - Recentemente fundaste uma empresa a Plug sound solutions, queres descrever um pouco como começou, o que fazem e onde pretendem chegar?
A Plug sound
solutions surgiu de uma forma muito natural e tem vindo a crescer cada vez
mais. Já fazia alguns trabalhos ligados à área e quando me apercebi estava
completamente envolvido neste projecto. Os nosso serviços assentam no aluguer e
montagem de material audiovisual, na actuação de DJs, VJs e músicos e no
aconselhamento e produção de eventos.
Fazemos
muitos eventos empresariais e particulares. Somos verdadeiros animadores de
festas.
Não temos
como objectivo ser uma empresa muito grande, mas sim uma empresa que conheça
perfeitamente os seus clientes e acima de tudo que faça um trabalho
extremamente profissional e personalizado.O nosso principal objectivo é fazer as pessoas felizes, porque mais do que estar feliz é fazer alguém feliz!
AT - O teu trabalho artístico acaba por estar
muito ligado ao lazer e às relações públicas. Achas que este é um mercado em
expansão em Portugal ou está a cair? Quais são os grandes segmentos e
quais as grandes tendências do entretenimento em Portugal? Festivais?
Festas? Eventos Outdoor? Casamentos?
Eu acho que
o mercado não está nem a cair nem em expansão. É um mercado que está em
adaptação, está a reformular-se. Houve um grande boom de entretenimento
(festas, festivais, eventos) na ultima década, onde apareceram novos conceitos,
novas tecnologias, novas tendências, mas não houve tempo para absorver
tudo, ou melhor, não conseguimos desfrutar com o devido tempo que cada coisa
merecia. Acho que neste momento estamos com excelentes cartazes, de todo o tipo
de música, desde o rock à música electrónica. Nunca vieram a Portugal
tantos músicos tão bons e em tão pouco espaço de tempo. Temos muitos e bons
festivais durante todo o ano. Os nossos eventos são referência no mundo
inteiro. Acho que a grande tendência a que vamos assistir nos próximos anos é a cada vez maior integração das várias áreas, de som, luz e vídeo (como por exemplo já se observa com o video mapping). Começamos a assistir a concertos via internet, a projectos musicais em directo e feitos em simultâneo vindos dos quatro cantos do mundo. A tecnologia impera.
Ao mesmo tempo e, curiosamente, assistimos também a um forte revivalismo em todo o mundo da música, quer nos videclips, nas bandas que surgem, nas produções musicais, na forma de tocar os instrumentos, nas máquinas utilizadas, etc. O próprio DJing está a voltar ao vinil.
Creio que há
uma tentativa de equilibrar as influências do passado com o futuro tecnológico
da música.
AT - Lembras-te do momento em que te apercebeste que
tinhas uma sensibilidade artística para a música? Foi na escola? Foi em casa?
Grupo de amigos?
Desde
criança que me lembro de vibrar dias inteiros ao som de várias músicas.
Lembro-me em particular de um dos primeiros concertos da minha vida,
Techotronic em 1991, em que fiquei fascinado com toda a envolvência do
concerto. Aí acho que fiquei logo com o bichinho do mundo da música.
Mais tarde,
numa das primeiras festas a que fui com um DJ a actuar, percebi que as pessoas
estavam "hipnotizadas" pela música, por toda aquela atmosfera… foi
aí, nesse momento, que senti que queria fazer parte deste mundo, onde o
meu contributo faz com as pessoas se sintam mais alegres e livres.
Adoro o que
faço e tento sempre dar o máximo de mim, acho mesmo que essa é a
minha maior qualidade. Atiro-me literalmente de cabeça! Das melhores coisas que
posso sentir quando estou a trabalhar como DJ, é ficar arrepiado de emoção,
olhar para as pessoas e ver uma felicidade enorme, sentir uma super energia e
pensar que nasci para isto. Gosto de pensar que sou o maestro da animação
de uma festa.
AT - Achas que as pessoas já nascem artistas ou faz
tudo parte das influências a que somos expostos?
Há raros
casos de pessoas que nascem artistas, como por exemplo Mozart que compôs logo
aos cinco anos de idade e desenvolveu todo o seu talento ao longo da vida. Há
outras pessoas que nascem apenas com uma predisposição artística, que pode
ou não ser desenvolvida e trabalhada. Nestes casos, a vida e os seus
ensinamentos é que fazem o artista.
AT - Por fim, com que artista (vivo ou morto)
gostarias de jantar e porquê?
Não é uma
escolha nada fácil. Teria muito gosto em jantar com o Mick Jagger e
perceber de onde é que ele vai buscar aquela energia toda.
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